terça-feira, 29 de dezembro de 2009

FELIZ 2010


Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida

Louco é quem não procura ser feliz com o que possui

Cego é aquele que so tem olhos apenas

para seus míseros problemas e pequenas dores

Surdo é aquele que não tem tempo

para ouvir o desabafo de umm amigo

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente

Diabético é quem não consegue ser doce


Trecho adaptado de "Deficiências"- Renata Arantes





COMECE 2010 POR VOCE!!

RENOVE-SE, MUDE SEUS CONCEITOS!!



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

ATO MÉDICO: VOTE CONTRA!!






CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

Ato Médico – Urgente
CFFa esclarece:

Muito se tem falado nos últimos dias com a aprovação pela Câmara dos Deputados do PL
7703/2006 que dispõe sobre o exercício da medicina.
Este projeto, conhecido como projeto do Ato Médico teve origem no Senado no ano de 2002.
Desde então os Conselhos de Fonoaudiologia e de outras profissões vêm se mobilizando para
ajustar o texto de forma a não ocorrer dúvidas quanto à atuação de todos os profissionais da
saúde.
Ainda no Senado Federal, quando a Senadora Lúcia Vânia relatou o referido projeto,
representantes de todos os Conselhos Federais da Área da Saúde foram convidados a participar
de diversas reuniões para a construção do texto que posteriormente foi aprovado pelo Senado.
Desta forma, o texto que foi enviado à Câmara dos Deputados foi fruto de construção coletiva.
Infelizmente algumas profissões posteriormente entenderam que o texto não atendia suas
expectativas e buscaram realizar alterações durante as discussões na Câmara.
Durante todo este processo, a Fonoaudiologia sempre que instada a se manifestar sobre o
projeto, informou que era favorável a manutenção do texto oriundo do Senado Federal, mas que
caso houvesse necessidade de qualquer ajuste no texto, este deveria ser discutido por todas as
profissões envolvidas, o que infelizmente não aconteceu.
Diante do exposto o CFFa esclarece:

1) O referido projeto de lei não se tornou lei, para isso, as alterações aprovadas pela
Câmara dos Deputados ainda deverão ser analisadas pelo Senado Federal e
posteriormente o projeto ainda deverá passar pela sanção Presidencial.

2) O texto aprovado pela Câmara, apesar de conter algumas distorções, não afeta a atuação
fonoaudiológica. Nossas prerrogativas profissionais estão respaldadas pela Lei
6965/1981 e demais normativas do CFFa. Desta forma, boatos como “o profissional só
poderá atuar com pedido médico” ou “o médico é que vai determinar a atuação dos outros
profissionais” são falsos.

3) Os Conselhos de Fonoaudiologia estão atentos a todo o processo e já estamos articulando
audiências com os Senadores a fim de restabelecer alguns dispositivos do texto aprovado
no Senado que é o que foi acordado por todos e previne entendimentos equivocados.

4) É importante que os profissionais fiquem atentos ao processo e cientes de que o
fonoaudiólogo é um profissional autônomo e independente cujas competências estão bem
regulamentadas na Lei e nas Resoluções do CFFa.

5) Caso algum profissional sofra algum tipo de pressão restringindo sua autonomia,
solicitamos entrar em contato imediatamente com o Conselho Regional e sua jurisdição
para maiores orientações.

Leia o texto do projeto, analise-o como um todo e qualquer dúvida entre em contato com seu
Conselho Regional.

30 de outubro de 2009

NÃO PERCA SUA AUTONOMIA E DIREITOS PROFISSIONAIS
VOTE "NÃO" AO ATO MÉDICO

Enquete no site do Senado Federal quer saber a opinião pública sobre a regulamentação do projeto do Ato Médico (PLS 268/02)
Não deixe de participar! Só é possível votar uma vez, de forma que é MUITO IMPORTANTE a participação de TODOS! Repasse aos amigos e familiares, ENVOLVA-SE na luta pela AUTONOMIA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, pela manutenção dos princípios do SUS, pelo compromisso de TODOS os profissionais da saúde na construção de um BRASIL MAIS SAUDÁVEL!

VOTE PELA PÁGINA:
( enquete no lado direito da página)
É FÁCIL, RÁPIDO E DIGNO!!

Só é permitido votar UMA vez!!

Resultado da votação em 16/ 12/2009:

Você é a favor ou contra a regulamentação do exercício da medicina nos termos do projeto SCD 268/02 (Ato Médico)?
a favor - 54,22%
contra - 45,78%

Total de Votos: 333100




VOTE! EXERÇA A CIDADANIA!!
DIGA "SOU CONTRA"


Leia também a opinião dos pesquisadores do Laboratório de Integralidade em Saúde, sobre o Ato Médico:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

IDENTIDADE






Há alguns dias, tenho pensado no modo de escrever em meu blog.
Qual a receita a seguir?
Dois ovos, três colheres de açúcar, uma xícara de leite?
Talvez um gadget mexido , um texto com tema assado , cozido e temperado?
Não conseguia ter acesso à alquimia dessa culinária virtual.
Hoje, lendo uma postagem do blog Dias e Digitais do amigo Marcos, refleti sobre minha identidade nesse mundo virtual e descobri qual linguagem fala à minha alma.
Embora minha profissão seja direcionada para a comunicação, ter esse blog foi a forma de ter alguns momentos de “silencio” no meu dia.
As palavras deveriam silenciar e outras formas e sentidos falariam por mim.
Músicas e imagens ainda são a linguagem que mais tocam meu coração..
Músicas, muitas músicas.. músicas e imagens que falam de um momento único.
Danças de notas e figuras deveriam percorrer o blog. Suas linhas seriam substituídas por partituras, as pontuações por traços de imagens e ao invés do leituras formais, haveriam leituras “multissensoriais”
Ontem, após postar sobre sorriso, olhava e dizia pra mim mesma: mas só isso?
Porém, cada vez que olhava para a criança sorrindo e a música Smile tocando, meu coração transbordava de alegria e se enchia de ternura.
Relembrei o mundo de encantos e fantasias da infância que já se foi, interpretada por alguém que nunca a viveu.
O despertar dessa lembrança , me fez concluir que minha identidade virtual será assim: um diário de emoções!!
Aquele diário que, quando aberto, revive todos os sentimentos que despertei um dia em mim e no leitor sejam por palavras minhas, palavras de outros ou por todas as que silenciei, para que os sentidos/sentimentos adquirissem sua própria voz!!

Khalil Gibran diz que a simplicidade é o último degrau da sabedoria.
Que eu/blog sejamos assim:
mais sabedoria e menos palavras.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Smile




- Smile -
Michael Jackson









sábado, 5 de dezembro de 2009

A Luz da/ dá Vida









sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Psicanálise Lacaniana








Jacques Lacan nasceu em 1901. Seria preciso apenas vinte e cinco anos para que começassem a despontar no palco do mundo os efeitos desse nascimento. Após 1920, Freud introduziu o que irá chamar de segunda tópica: uma tese que torna o “eu” (ego) , uma instância reguladora entre o “isso” (id- fonte das pulsões), o supereu (superego- agente das exigências morais) e a realidade (lugar onde se exerce a atividade). Pode surgir, no neurótico, um reforço do eu, para “harmonizar” essas correntes, como uma finalidade de tratamento. Ora, Lacan faz sua entrada no meio psicanalítico com uma tese completamente diferente: o eu, escreveu ele, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho- este sou eu. O investimento libidinal desta forma primordial, “boa”, porque supre a carência de meu ser, será a matriz das futuras identificações. Assim, instala-se o desconhecimento em minha intimidade e, ao querer forçá-la, o que irei encontrar será um outro; bem como uma tensão ciumenta com esse intruso que, por seu desejo, constitui meus objetos, ao mesmo tempo em que os esconde de mim, pelo próprio movimento pelo qual ele me esconde de mim mesmo. É como outro que sou levado a conhecer o mundo: sendo, desta forma, normalmente constituinte da organização do “je” (eu inconsciente, Isso, Id), uma dimensão paranóica. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico.O artigo “O Estádio do Espelho como formadora da Função do ‘jé’” foi apresentado, em 1936, ao Congresso internacional de psicanálise, sem encontrar outro eco senão o toque de campainha de E.Jones, interrompendo uma comunicação demasiado longa. Sua reapresentação em Paris, em 1947, não suscitou maior entusiasmo. O termo “Estádio do Espelho” teria sido inventado por Henri Wallon entretanto Lacan apresentou com uma outra forma. Ele apresenta iniciando com um mito e apóia-se na idéia de que o ser humano é um ser prematuro no nascimento com uma incoordenação motora constitutiva.A idéia é que o bebê só conseguirá encontrar uma solução para tal estado de desamparo por intermédio de uma “precipitação” pela qual ele “antecipará” o amadurecimento de seu próprio corpo, graças ao fato de que ele se projeta na imagem do outro (figura materna) que se encontra como que por milagre diante dele. Essa precipitação na imagem do outro, é que leva o bebê sair da sua prematuração neonatal, sendo que este movimento de precipitação, neste outro, leva o bebê a uma alienação. O bebê tem (é obrigado) a se “alienar” para que se constitua um “sujeito”.O “falo” (falus, falta) da mãe é completado com o nascimento do filho. A mãe deseja ter um filho (lhe dá um nome), engravida. Reconhece que seu filho é um ser humano e este chora porque está com fome e lhe dá o “Objeto seio” para a satisfação do bebê no prazer da oralidade (leite/alimento e a catexia da libido oral) passando o bebê da natureza (instinto-animal) para a cultura (pulsão-homem). Estabelece uma “linguagem” com o “simbólico” mãe. Este passa por um processo de “alienação” para se constituir como sujeito. Com o fim da fase oral (canibalesca 0 a 1,5 anos). O bebê antes do “Estádio do Espelho” (6 meses a 18 meses) não se vê como um corpo unificado, se sente como um corpo fragmentado. Sua mãe/seio faz parte dele e ela (mãe, “boca do jacaré”) sente como se ele (filho/falo) fosse parte dela.Com o princípio prazer/desprazer verificamos que a energia é maior no desprazer, o bebê busca o prazer através do seio materno (leite e libido oral). Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completa (completude). Esta perda/separação vem através do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade, necessidades outras, etc.). Chamamos “boca do jacaré ou crocodilo” o desejo da mãe de possuir (comer, canibalizar) o seu filho como se fosse parte do seu corpo. Este desejo natural coloca o filho em uma situação de escolha definitiva : ou se torna independente pela falta da mãe se transferir para o filho e se tornar um “sujeito faltante” ou é engolido pela “boca de jacaré” da mãe e se torna um “altista” ou um doente mental, fragmentado sem unidade, dependente da mãe. Quando a criança se torna uma psicótica a figura materna não o reconheceu como ser humano e não aconteceu a alienação com separação. Esta escolha, na verdade não é uma escolha. Lacan cita um relato da escolha que mostra esta situação, de uma ameaça de um ladrão onde ele pergunta : “Ou a bolsa ou a vida”. Na verdade não seria uma pergunta, seria uma escolha lógica e única: “Você perde a bolsa e ganha a vida” ou “Perde a bolsa e perde a vida”. O bebê na grande maioria das vezes escolhe ser um “sujeito faltante” ou um “sujeito neurótico normal”, todos nós.A alienação tem o sentido de que o bebê não tem uma unificação, e ele constitui como sujeito devido ao resultado do efeito que esse outro (mãe) tem no bebê. Nessas condições, o bebê (eu, sujeito), é senão a imagem do outro. É no outro e pelo outro que aquilo que quero me é revelado. Meu desejo é o desejo do outro. Não sei nada de meu desejo, a não ser o que o outro me revela. De modo que o objeto de meu desejo é o objeto do desejo do outro. O desejo é, acima de tudo, uma seqüela dessa constituição do eu no outro. O “sujeito”, que define a alienação constitutiva do ser, no encontro com o espelho, verifica o “rapto” que esse outro opera nele. É no espelho que a criança vê seu corpo unificado, deixando de ser fragmentado. No espelho a criança vê que ele existe e não é o Outro (mãe), existindo duas pessoas distintas. Neste momento identifica a “falta”, a separação da mãe e a constituição do “sujeito faltante”.No sujeito humano se produzem substituições de posição que fazem com que , a partir do momento em que começa a falar, o sujeito já não é como antes. O ser humano é constituído, de saída por uma dívida., que não foi ele que a contraiu, embora tenha que pagá-la. No entanto, foi nas gerações precedentes que ela foi contraída; o destino do ser humano é absorver as dívidas do Outro, substituir o Outro para pagar a dívida em questão. O sujeito neurótico paga uma dívida que não contraiu, uma dívida contraída pelos outros, que o antecipa em sua história. Quando realizamos uma análise, pela primeira vez, não vemos o discurso do Outro, ou o que o Outro queria ou via em nós.Conseguimos inserir nosso problema inicial, essa história de alienação no outro, conseguiremos, ao torna-la “simbólica”, ao torná-la um processo histórico constituído pelo e no “Outro”, inseri-la na linguagem; por conseguinte, pensamos poder encontrar uma saída para a repetição da dívida, e poder encontra-la na “fala”. Na fala encontraremos a saída para a “repetição da dívida”. O inconsciente é o lugar onde se encontra a dívida, na medida em que substituímos um Outro que a contraiu por mim. Sendo que o “desejo”, que é o “desejo do Outro”, definirá os caminhos que o Outro me prescreveu. O inconsciente é o discurso do Outro, na medida que o sujeito humano é efeito da linguagem, isto é, efeito de uma dívida constitutiva.Quando queremos ler Lacan, é necessário reconstituir os elos faltantes no que ele escreve, se não quisermos deixar-nos levar pela parcela de dissimulação que sua escrita comporta. Lacan reinterpretou o esquema lingüístico de Ferdinand Saussure e utilizou a teoria do “só-depois” para saber ler Freud. A criação do significante (e do significado, por conseguinte) residia no corte de elemento distinto, que separando sons e pensamentos, engendrava o signo. É a criação de “cortes” que produz a ordem Significante e Lacan chamaria estes de “ponto de basta” com a operação do “Nome-do-Pai” (As leis da cultura: trabalho, obrigação, corte, etc. É o Significante do Nome do Pai).Outros conceitos foram desenvolvidos por Lacan que só com o tempo, “paciência” e sem medo de aprender novos termos que vamos nos acostumamos. Se existe um mais-além da demanda; que a demanda é dirigida ao Outro; que o próprio Outro demanda, mas que há um mais-além dessa demanda. Esse além assumiu o nome próprio de “desejo”. Esse desejo, em Lacan, foi o nome próprio assumido pelo mais-além da demanda. O mais-além da demanda foi interpretado como o significante. O significante inconsciente, que marca o desejo do Outro é a “pulsão”. Este salto foi fundamental pois “apagou” efetivamente a problemática do mais-além e passou a dissimula-la por completo.



Rostropovich



Mstislav Leopoldovitch Rostropovich, em russo Мстисла́в Леопо́льдович Ростропо́вич, (27 de Março de 1927, Baku27 de Abril de 2007, Moscovo) foi um violoncelista e maestro russo (tendo-se mais tarde naturalizado americano), unanimimente apontado como o maior violoncelista do século XX.

Nasceu no Azerbaijão, parte então da União Soviética. Ainda quanto era muito pequeno, a sua família muda-se para Moscou. Estudou no conservatório da capital (do qual mais tarde seria docente) tendo como professores, entre outros, Dmitri Shostakovitch e Serguei Prokofiev.
Estreou diversas obras para violoncelo dos principais compositores contemporâneos, como a 'Sinfonia concertante em mi menor, opus 125' de
Serguei Prokofiev, os dois concertos para violoncelo de Dmitri Shostakovich e as Sinfonia para violoncelo e Sonata para violoncelo e piano de Benjamin Britten.




"Rostropovich não apenas foi um músico extraordinário, como também um grande humanitário e fonte de inspiração para inúmeros compositores que compuseram obras belíssimas especialmente para ele"

Empresária Musical Lilian Hochhauser





quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Giovanni Sollima

Sogno Ad Occhi Aperti





-Daydream (part 1) -







- Daydream (part 2) -




Um Abraço Laranja de Alegria





Clarice Lispector





Aquilo que ainda vai ser depois – é agora.
Agora é o domínio de agora.
E enquanto dura a improvisação eu nasço.
E eis que depois de uma tarde de “quem sou eu”
e de acordar à uma hora da madrugada
ainda em desespero
- eis que às três horas da madrugada acordei
e encontrei-me.
Fui ao encontro de mim.
Calma, alegre, plenitude sem fulminação.
Simplesmente eu sou eu.
E você é você.
É vasto, vai durar.
O que te escrevo é um ”isto”.
Não vai parar: continua.
Olha para mim e me ama.
Não: tu olhas para ti e te amas.
É o que está certo.
O que te escrevo continua
e estou enfeitiçada.”

-Trecho do livro Água Viva-

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Metamorphosis by Glenn Marshall




Vídeo: Metamorphosis by Glenn Marshall






A Reunião Das Vogais


Certo dia as vogais se reuniram
Para uma das mais sérias discussões.
Sentaram-se à mesa de reuniões
E logo os ânimos explodiram!

Disse o ‘A’ - “eu, definitivamente,
Vou provar - e que provem o contrário -
Que sou a mais bonita e a mais pungente
Das letras todas deste abecedário!

" Nervoso, disse o ‘E’ – “É o inverso!!
Pois notes que sequer tu és presente
E que mesmo sem ti, corre eloqüente
Os intentos contidos neste verso!"

Cabisbaixo, pois, o ‘A’ calou em dor.
Mas o ‘E’, explorando esses revezes,
Reforçou: - “eu, na estrofe anterior,
Apareço exatas vinte e cinco vezes!"

Mas o ‘I’ logo gritou: – “Amigo caro!
Hora após hora aguardando, pois, vivi
Para logo aqui vir mostrar quão raro
São as linhas a não incluir o “I”."

"Veja acima: doze vezes apareço!
Portanto não há dúvida alguma:
O respeito de todos eu mereço,
Porque lá não apareces vez nenhuma!"

Logo ‘O’ acrescentou: – “Mas que empofe!
Pois não notas que sequer estás presente
E que tua falta nenhum de nós a sente
Nos versos tão sonoros desta estrofe?"

"Quinze vezes sou presente aí em cima!
Confira, conte bem, fique à vontade.
Além disso, eu enfeito qualquer rima.
Porque sou o tom da sonoridade."

Mas o ‘U’ interferiu: - “Minhas amigas,
Vou lançar um desafio neste instante
Que, espero, finalize essas brigas,
Por saber qual de nós é importante. "

Vejam como a ausência reunida
De nós todas transforma em bobagem
Mesmo que seja uma lição de vida,
Alterando a essência da mensagem:"

“ V d d f r lm m nst nt s.
m m l q mor n lm d c r nt .
J nt s, t d s s m s mp rt nt s,

P s f rm m s d st v d c rr nt !”

Assim, vamos nos livrar deste estigma
E deixar de nos causar mútuo mal.
Eis aí a solução do meu enigma,
Que é também uma verdade universal:

“A vaidade fere a alma em instantes.
É um mal que mora na alma do carente.
Juntos, todos somos importantes,
Pois formamos desta vida a corrente!”


J.B.Xavier

Vídeo: A revolta da vogal i

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Análise do Discurso- Pêcheux


Pêcheux dá uma grande contribuição aos estudos lingüísticos ao desenvolver a idéia de que a linguagem é uma importante forma material da ideologia. Na sua análise do discurso, ele procura demonstrar os embates ideológicos que ocorrem no funcionamento da linguagem e a existência da materialidade lingüística na ideologia.
Fazendo referência a Nietzsche, ele diz que “todo fato já é uma interpretação”, demonstrando que não temos a perspectiva de essência de um contato com o objeto ou com o outro sem mediação, seja ela qual for. Assim, a linguagem não pode ser compreendida como um sistema significativo fechado, sem relação com o exterior, devendo ser compreendida a partir do contexto histórico-ideológico dos sujeitos que a produzem e que a interpretam. Pêcheux diz, ainda, que é necessário “suspender a posição do espectador universal como fonte da homogeneidade e interrogar o sujeito paradigmático, no sentido kantiano e também no sentido contemporâneo do termo” (Pêcheux, 1983, p.32). Dessa forma, ele não só rejeita a noção kantiana de sujeito consciente que controla os sentidos que produz, como também relativiza a concepção de sujeito inconsciente, que é disperso, descentrado, como é atualmente entendido em Análise do Discurso. Isto aponta para uma importante questão nessa área, pois, considerando que as relações entre inconsciente e ideologia não estão, hoje, bem delineadas, é preciso que se relativize as relações entre a Psicanálise e a AD, pois quando optamos por trazer conceitos de uma área para outra, precisamos ter em mente até que ponto isso não fere o que é a proposta da disciplina.
Em sua reflexão sobre o discurso como estrutura ou acontecimento, Pêcheux discute diferentes caminhos para a abordagem desta questão. Um primeiro, seria tomar um enunciado e trabalhar a partir dele. Um outro, consistiria, para o autor, em uma questão filosófica; por exemplo, a da relação entre Max e Aristóteles, a propósito da idéia de uma ciência da estrutura. E um terceiro caminho seria o da tradição francesa de Análise do Discurso, como por exemplo, “levantando, na configuração dos problemas teóricos e de procedimentos que se colocam hoje para essa disciplina, o da relação entre a análise como descrição e a análise como interpretação” (Pêcheux,1983, p.17). O autor opta, então, por trabalhar no entrecruzamento desses três caminhos: o do acontecimento, o da estrutura e o da tensão entre descrição e interpretação em Análise do Discurso.
O autor afirma que “todo enunciado é intrinsecamente suscetível de tornar-se outro, diferente de si mesmo, se deslocar discursivamente para derivar para um outro” (Pêcheux,1983, p.53), o que é significativo para a Análise do Discurso, pois o sentido não é compreendido como uma unidade fixa, já que é histórico e, por isso, pode deslizar-se para outro.



O sujeito caracteriza-se por dois esquecimentos: no esquecimento um, o sujeito tem a ilusão de que é o criador absoluto do seu discurso, a origem do sentido, apagando tudo que remeta ao exterior de sua formação discursiva; no esquecimento dois, o sujeito tem a ilusão de que tudo que ele diz tem apenas um significado que será captado pelo seu interlocutor. Há o esquecimento de que o discurso caracteriza-se pela retomada do já dito, tendo o sujeito a ilusão de que sabe e controla tudo o que diz (Pêcheux e Fuchs, 1997, p.168-9).

Fonte: http://www.unimontes.br/unimontescientifica/revistas/Anexos/artigos/revista_v6_n1/15_artigos_linguagem.htm




Osho
_____________________________


O amor não é uma quantidade,
mas uma qualidade e qualidade
de uma certa categoria que cresce ao se
dar e morre se você a segura.
Seja realmente esbanjador!
Não se importe para quem.
Esta é na verdade a idéia de uma mente mesquinha:
Eu darei amor a determinadas pessoas
que tenham determinadas qualidades.
Você não entende que tem em abundância,
que é uma nuvem de chuva.
A nuvem de chuva não se importa
onde chove nas pedras, nos jardins,
nos oceanos - não importa.
Ela quer descarregar-se e essa
descarga é um tremendo alívio.
Assim o primeiro segredo é: não peça amor.
Não espere, pensando que você
dará se alguém lhe pedir - Dê!! Tudo passa,
mas você permanece - você é a realidade."








segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Contradança





CONTRADANÇA
_______________________________


Oswaldo Antônio Begiato


Te quero rubra
Te fazes branca
Te quero branca
Te fazes água
Te quero água
Te fazes jóia
Te quero jóia
Te fazes mulher

Te quero rosa
Te fazes nuvem
Te quero nuvem
Te fazes solo
Te quero solo
Te fazes vôo
Te quero vôo
Te fazes mulher

Te quero brisa
Te fazes vácuo
Te quero vácuo
Te fazes sopro
Te quero sopro
Te fazes vida
Te quero vida
Te fazes mulher

Te quero carne
Te fazes sonho
Te quero sonho
Te fazes pele
Te quero pele
Te fazes cheiro
Te quero cheiro

Te fazes mulher
Te quero rasa
Te fazes poço
Te quero poço
Te fazes seca
Te quero seca
Te fazes doce
Te quero doce
Te fazes mulher

Te quero terna
Te fazes vulcão
Te quero vulcão
Te fazes neve
Te quero neve
Te fazes fogo
Te quero fogo
Te fazes mulher

Te quero fênix
Te fazes cinza
Te quero cinza
Te fazes cheia
Te quero cheia
Te fazes colo
Te quero colo
Me fazes homem





sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Dia da Consciência Negra

CONSCIÊNCIA NEGRA

- Sarah Janaína Leibovitch -



Sou a alma que ontem nasceu no mundo.
Sou filha da África,
Dos olhos de pérolas,
Do sorriso de marfim,
Dos sons dos atabaques em noite de luar,
Da roda de capoeira,
Do jongo ao maculelê.

Sou da raça que irradia perfume de alegria.
Sou semente da história humana,
De vida apesar de tanta dor.


Dos canaviais e senzalas,
Das mãos calejadas, exploradas e injustiçadas
Podem tirar a minha vida,
Menos o direito de sonhar,
De ter esperança...
De lutar por dignidade e respeito,
Nem que seja em grito mudo,
Clamando por igualdade e justiça,
E de acreditar num amanhã melhor.



(texto postado no orkut pela amiga Kátia )

A Raça é Humana












quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Antoine de Saint-Exupéry




Rosas Brancas
_____________________________



"Os homens cultivam cinco mil rosas
num mesmo jardim e não encontram
o que procuram. E, no entanto,
o que eles buscam poderia
ser achado numa só rosa."

Antoine de Saint-Exupéry





Mikhail Bakhtin: o filósofo do diálogo



Ao analisar o discurso na arte e na vida, o russo revolucionou a teoria linguística no século 20

Mikhail Bakhtin dedicou a vida à definição de noções, conceitos e categorias de análise da linguagem com base em discursos cotidianos, artísticos, filosóficos, científicos e institucionais. Em sua trajetória, notável pelo volume de textos, ensaios e livros redigidos, esse filósofo russo não esteve sozinho. Foi um dos mais destacados pensadores de uma rede de profissionais preocupados com as formas de estudar linguagem, literatura e arte, que incluía o linguista Valentin Voloshinov (1895-1936) e o teórico literário Pavel Medvedev (1891-1938).

Um dos aspectos mais inovadores da produção do Círculo de Bakhtin, como ficou conhecido o grupo, foi enxergar a linguagem como um constante processo de interação mediado pelo diálogo - e não apenas como um sistema autônomo. "A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as pessoas que nos rodeiam", escreveu o filósofo).

Segundo essa concepção, a língua só existe em função do uso que locutores (quem fala ou escreve) e interlocutores (quem lê ou escuta) fazem dela em situações (prosaicas ou formais) de comunicação. O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo dos discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, um enunciado sempre é modulado pelo falante para o contexto social, histórico, cultural e ideológico. "Caso contrário, ele não será compreendido", explica a linguista Beth Brait, estudiosa de Bakhtin e professora associada da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), ambas na capital paulista.

Nessa relação dialógica entre locutor e interlocutor no meio social, em que o verbal e o não-verbal influenciam de maneira determinante a construção dos enunciados, outro dado ganhou contornos de tese: a interação por meio da linguagem se dá num contexto em que todos participam em condição de igualdade. Aquele que enuncia seleciona palavras apropriadas para formular uma mensagem compreensível para seus destinatários. Por outro lado, o interlocutor interpreta e responde com postura ativa àquele enunciado, internamente (por meio de seus pensamentos) ou externamente (por meio de um novo enunciado oral ou escrito).


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br


terça-feira, 17 de novembro de 2009

A subjetividade da negação



A subjetividade da negação



Negar, dizer não diante de uma situação ou objeto qualquer para o filósofo
Henri Bergson não é suficiente para considerar a inexistência. Abolir um
objeto ou situação em detrimento da negação é uma operação mental
eminentemente intelectual, o que se passa ao espírito é de outra natureza:
a negação seria uma afirmação entreposta. Então, qual seria o teor desta
afirmação? É sobre a afirmação entreposta que pretendo discutir
rapidamente aqui.
Vou dar um exemplo para ficar mais claro. Ao dizer, este computador é
veloz, minha percepção se volta ao atributo imediato do objeto, a
velocidade do computador, o que se apreende é o objeto, meu olhar tem esta
direção e exterioridade; ao passo que se negar, este computador não é
veloz, o que percepciono são as possibilidades que se abrem ao meu
espírito: o computador é lento, moderado ou outra graduação qualquer. Esta
outra afirmação ou afirmações entrepostas colocam em evidência o
julgamento e não o objeto. As afirmações entrepostas, portanto, são
indeterminadas. Bergson diz que a negação difere da afirmação, na medida
em que é uma afirmação de segundo grau: afirma qualquer coisa em relação a
uma afirmação que por sua vez afirma qualquer coisa em relação a um
objeto.
O que atribui a dimensão subjetiva à negação é, precisamente, o fato de
constatar uma ou várias substituições, e isto só existe como concepção do
espírito, enquanto possibilidades que percepciono. A negação para o
espírito tem um sentido profundo, pois ela mobiliza a memória, e,
sobretudo o desejo de se apoiar no passado que se recorda e um passado que
se imagina, e não havendo diferença entre eles, o espírito chega à
representação do possível em geral. A negação de uma coisa implica na
afirmação latente da sua substituição por outra coisa, a forma negativa da
negação se beneficia da afirmação que está no fundo dela, apoiando-se no
corpo da realidade positiva a que se liga.
Neste processo, a coisa ou qualidade substituída deixa atrás de si um
vazio ou um nada parcial. Este vazio deixado pela coisa substituída
constitui a idéia do nada. Assim, passamos a nossa vida a preencher
vazios, que a nossa inteligência concebe sob a influência do desejo e da
saudade, sob a pressão das necessidades vitais. O vazio pode ser entendido
por uma ausência de utilidade e não de coisas, andamos, pois,
constantemente do vazio para o pleno. É esta a direção da nossa ação.
Esta reflexão sobre Bergson leva-me a retomar uma reportagem de Bernardo
Carvalho sobre a artista inglesa Rachel Whiteread que saiu no jornal Folha
de São Paulo, dia 19 de agosto de 2003 sob o título: O espaço negativo. A
artista é famosa por sua grande idéia que foi justamente dar materialidade
e visibilidade ao espaço negativo, ao que existe entre as coisas, ao vazio
em torno delas.
Em 1993, a escultora encheu de concreto o interior de uma velha casa
operária condenada a demolição numa rua em Bow, na zona leste de Londres.
Quando as paredes caíram, surgiu no interior um bloco cinza compacto,
reproduzindo a forma da casa como um fantasma do que já não existia. O
projeto chamado House ficou em exposição por dois meses e meio e fez da
artista uma celebridade internacional da noite para o dia.
Em 2000, ela inaugurou um outro bloco de concreto, de aspecto monolítico,
num espaço público: o monumento às vítimas do Holocausto, na Judenplatz,
em Viena. O monumento é o molde negativo do avesso de uma biblioteca, como
se as paredes tivessem sido arrancadas de uma sala coberta de estantes,
deixando à vista o fundo das estantes e a parte oposta das lombadas dos
livros, as prateleiras e as bordas das páginas dos livros fechados e
petrificados.
A artista esculpe a falta e o vazio, materializando o espaço entre as
coisas. Rachel Whiteread põe em questão, na sua arte, a própria
possibilidade da representação. Em nosso cotidiano somos incapazes de ver
o avesso das coisas, o espaço negativo, a forma do vazio.
Bergson, no século passado, já formulava os fundamentos de uma
subjetividade negativa, da constituição do nada, do que seria o vazio.
Aprofundou o sentido do nada numa filosofia onde o espírito ganha uma
amplitude maior que o próprio corpo. O nada é uma imagem cheia de coisas,
encerra ao mesmo tempo o sujeito e o objeto. Concluo dizendo que o nada é
um ponto da subjetividade, um ponto onde se realiza a comunicação, onde os
sentidos se materializam, portanto, é pedagógica e social.


Débora Martins de Souza- Doutora em comunicações . universidade de são paulo, USP, Brasil.




Fonte: http://www.eca.usp.br/nucleos/filocom/existocom/artigo3b.html


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Alberto Caiero

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Os poetas místicos são filósofos doentes,
E os filósofos são homens doidos.
Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
E dizem que as pedras têm alma
E que os rios têm êxtases ao luar.

Mas as flores, se sentissem, não eram flores,
Eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram coisas vivas, não eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sereia




SEREIA

Canta-me!
Se me cantares
prometo,
com as mais ternas palavras
que eu puder recolher
no poço dos desejos,
jurar-te amor eterno.
Apenas canta-me,
porque encantado
já estou.


Oswaldo Antônio Begiato










quarta-feira, 4 de novembro de 2009

VERDADE- Carlos Drummond de Andrade



VERDADE

Carlos Drummond de Andrade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.






segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Alberto Caieiro




O Meu Olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.

Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,

Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

sábado, 31 de outubro de 2009

Florbela Espanca





Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...


Florbela Espanca

domingo, 25 de outubro de 2009

Saudades da minha infancia


Que saudades da minha infância
Da casinha onde nasci
Da igreja onde fui batizado
Ficava no meio do adro
Da aldeia onde cresci
Que saudades da escola
Onde aprendi BE A BA
Onde andaram os coleguinhas
E a professorinha onde andará?
Quanto tempo já passou
Da minha ingênua mocidade
Da vida feliz que tinha
Da minha alegre casinha
Só me resta a saudade
Ainda guardo na lembrança
Dos bailes de domingo a tarde
Animados pelo sanfoneiro
Pelo guitarrista e o violeiro
Tudo isso me traz saudade
Mas como tudo já passou
Não se pode voltar a trás
Hoje tudo é diferente
Vivo a felicidade no presente
O que passou não volta mais
Sinto-me feliz por ter vivido
Uma infância sem maldade
Sinto-me triste eu confesso
Pois a maquina do progresso

Manuel Joaquim Guerra


Fonte: Usina das Letras
(foto cedida gentilmente por Marcelo Gali)


Eu sou apenas um espelho.

A sua face será refletida nele.

Assim, depende da maneira como me olha.

Eu desapareci completamente;

portanto, não posso impor a você quem sou.

Nada tenho para impor.

Existe apenas um vácuo, um espelho.

Agora você tem completa liberdade.

Se quiser realmente saber quem sou,

você precisa estar tão absolutamente vazio quanto eu.


Osho



Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector

sábado, 24 de outubro de 2009

O significado do Dragão para o Budismo



No Budismo, o dragão aparece em muitos sutras, livros sagrados budistas.

Aparece, por exemplo, no nome de Nagarjuna, um mestre da escola budista na Índia.


Naga quer dizer dragão em sânscrito.


Na China, Naga ou dragão simboliza uma pessoa com muita energia e qualidades.


Em geral, o dragão é considerado como guardião do Dharma, o ensinamento Budista.
Todas as manhãs, budistas cantam sutras na cozinha, para oito reis dos dragões: guardiões do Dharma.


O dragão, no Budismo, quer dizer abundância de energia e transformação.


O portão do dragão simboliza a entrada num mosteiro, por onde se entra quando se forma um monge verdadeiro.
Há dragão azul e dragão preto.


Esses são dragões que ficam escondidos no fundo do mar, grande rio ou caverna.


Guardam pérolas preciosas que ainda não estão manifestadas.


Para conseguir tirar essas pérolas das mandíbulas do dragão, tem-se que arriscar a própria vida porque ele as guarda dentro, embaixo da garganta, entre as suas mandíbulas.


Quem o tocar perde a vida.
Há também o dragão que teve oportunidade de encontrar o momento exato da iluminação. Depois de longa prática, aparece no mundo para que todo mundo possa ve-lo.


Esse é o dragão voador e quer dizer realização.


Seu papel é trabalhar o mundo.


O dragão é sempre ligado à água e por isso chama nuvens. Com essas nuvens, ele sobe para os céus.


Essas nuvens podem ser caos, dificuldades, confusões, conflitos, que ele transforma em grande força.


O dragão do céu tem a missaõ de subir aos céus para realizar nossa vida.



Fonte: http://zenbahia.blogspot.com/

Dragões


Dragões ou dragos (do grego drákon, δράκων) são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes.


Em vários mitos eles são apresentados literalmente como grandes serpentes, como eram inclusive a maioria dos primeiros dragões mitológicos, e em suas formações quiméricas mais comuns. A variedade de dragões existentes em histórias e mitos é enorme, abrangendo criaturas bem mais diversificadas. Apesar de serem presença comum no folclore de povos tão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura, uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais de sabedoria e força, ou simplesmente feras destruidoras.



Os Dragões talvez sejam uma das primeiras manifestações culturais ou mito, criados pela humanidade.
Muito se discute a respeito do que poderia ter dado origem aos mitos sobre dragões em diversos lugares do mundo. Em geral, acredita-se que possam ter surgido da observação pelos povos antigos de fósseis de dinossauros e outras grandes criaturas, como baleias, crocodilos ou rinocerontes, tomados por eles como ossos de dragões.



Segundo a mitologia chinesa, foi um dos quatro animais sagrados convocados por Pan Ku (o deus criador) para participarem na criação do mundo. É enormemente diferente do ocidental, sendo um misto de vários animais místicos: Olhos de tigre, corpo de serpente, patas de águia, chifres de veado, orelhas de boi, bigodes de carpa e etc. Representa a energia do fogo, que destrói mas permite o nascimento do novo. (a transformação). Simboliza a sabedoria e o Império