domingo, 31 de janeiro de 2010

Khalil Gibran





Narração: Leticia Sabatella
Música: Marcus Viana


Na floresta não existe nem rebanho nem pastor
Quando o inverno caminha
Segue seu distinto curso como faz a primavera
Os homens nasceram escravos daquele que repudia a submissão
Se ele um dia se levanta e lhes indica o caminho
Com ele caminharão
Dá-me a flauta e canta
O canto é o pasto das mentes
E o lamento da flauta perdura mais que rebanho e pastor.

Na floresta não existe ignorante ou sábio.
Quando os ramos se agitama ninguém reverenciam.
O saber humano é ilusório
como a serração dos campos que se esvaiquando o sol se levanta no horizonte.
Dá-me a flauta e canta,
O canto é o melhor saber
E o lamento da flauta sobrevive ao cintilar das estrelas.

Na floresta só existe lembrança dos amorosos.
Os que dominaram o mundo e oprimiram e conquistaram
os seus nomes são como letras dos nomes dos criminosos.
Conquistador entre nós é aquele que sabe amar.
Dá-me a flauta e canta
E esquece a injustiça do opressor.
Pois o lírio é uma taça para o orvalho
E não para o sangue.

Na floresta não há crítico nem censor
Se as gazelas se perturbam quando avistam o companheiro
a águia não diz: que estranho.
Sábio entre nós é aquele que julga estranho apenas o que é estranho.
Ah, dá-me a flauta e canta
O canto é a melhor loucura
e o lamento da flauta sobrevive aos ponderados e aos racionais.

Na floresta não existem homens livres ou escravos.
Todas as glórias são vãs como borbulhas na água.
Quando a amendoeira lança suas flores sobre o espinheiro não diz:
“Ele é desprezível e eu sou um grande Senhor.”
Dá-me a flauta e canta
que o canto é glória autentica
E o lamento da flauta sobrevive
Ao nobre e ao vil.

Na floresta não existe fortaleza ou fragilidade
Quando o leão ruge não dizem:“Ele é temível.”
A vontade humana é apenas
uma sombra que vagueia no espaço do pensamento
e o direito dos homens fenece
como folhas de outono.
Dá-me a flauta e canta
O canto é a força do espírito
E o lamento da flauta sobrevive ao apagamento dos sóis.

Na floresta não há morte nem apuros.
A alegria não morre quando se vai a primavera.
O pavor da morte é uma quimera que se insinua no coração,
pois quem vive uma primavera é como se houvesse vivido séculos.
Dá-me a flauta e canta
O canto é o segredo da vida eterna
E o lamento da flauta permanecerá
Após findar-se a existência.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Smooth Sexy Jazz Grove

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Música: Smooth sexy jazz grove


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

Pense no Haiti. Ore pelo Haiti





PENSE NO HAITI. ORE PELO HAITI.

Escolha um lugar da casa.
Faça alguns instantes de silêncio
e pense no HAITI.
Concentre seu pensamento naquele país.
Direcione sua força mental para lá.
Ajude a encontrar pessoas,
socorrer crianças, orientar os cães.
Conforte quem precisa ser confortado.
Explique o que aconteceu e acalme
o maior número de almas que alcançar.
Junte-se as falanges do bem que lá estão.
Vão recebê-lo de braços abertos.
Não se preocupe. Você saberá
quem são quando lá chegar.
E eles saberão porque está lá. Acredite.
É assim que funciona.
É uma grande corrente de ajuda
e solidariedade invisível aos olhos humanos.
Mas você pode fazê-lo.
É um trabalho bastante gratificante.


Tania Sá